sexta-feira, 26 de agosto de 2011

As Escuelas Al Aire (reflexão inicial)



A cultura mexicana se encontrou num contexto em que sua identidade nacional estava abalada por influência dos países europeus. E neste momento, Mangard cria sua metodologia.

As Escuelas Al Aire Libre no México não é apenas uma contraposição aos padrões europeus, que estava sendo disseminado e imposto em muitas escolas pelo mundo, inclusive no México. Criada por Adolf Best Mangard, na tentativa de resgatar aquilo que foi perdido pelo povo mexicano, a estratégia das Escuelas Al Aire Libre era criar um estudo da arte vinculada a expressão da cultura e que incentivasse a liberdade cultural.

O modelo de ensino das Escuelas Al Aire Libre vem para educar alunos de acordo com sua própria cultura, formando uma identidade cultural e um patriotismo, além de divulgar a apreciação pela arte mexicana.

Esta proposição conceitual que implicava na liberdade de expressão e que primava pelo caráter experimental, reprimia a criação espontânea quando a cultura mexicana era colocada de maneira impositiva no processo artístico. Ou seja, a criação minimizada em sua expressão na medida em que a cultura mexicana se exigia como um elemento integrante desse processo, sendo que a experimentação e a liberdade de expressão também podem e, felizmente, passam por caminhos diversos. Esse foi o principal motivo pela qual a aplicação das Escuelas Al Aire Libre não obteve pleno sucesso.

sábado, 20 de agosto de 2011

Método como meio integrador

A Sociedade hodierna adota uma estratégia de ensino retrógrada, em que o educando é tratado como um depósito onde o educador despeja o conhecimento que supostamente só ele possui, a chamada “educação bancária”. Os alunos absorvem milhares de conteúdos diariamente, sem questionarem a razão que os leva a aprenderem tais matérias. O "por quê?" é uma palavra fora de cena dentro das escolas e academias, pois a maioria dos professores se coloca na posição de único detentor do saber, e que, portanto não deve ser questionado.

Não é através da dúvida que surge a necessidade de refletir sobre o tema e a partir de então construir um posicionamento crítico? Como fazer com que o conteúdo seja verdadeiramente aprendido, e não somente absorvido sem razão e esquecido ao final do dia?

Se estamos lidando com seres humanos, nós na condição de educandos devemos antes de tudo estar conscientes de que a aprendizagem parte de uma troca de conhecimento mútua entre professor e aluno, e que é imprescindível evitar que o conteúdo seja transmitido como "coisa", como um objeto inanimado. Ao invés disso, o conteúdo deve ser “humanizado” e transformado em "sujeito", capaz de primeiramente causar estranhamento, e em seguida afetar outro sujeito, o educando. A medida que a o estranhamento inicial vai se atenuando ele da lugar ao esclarecimento e ao entendimento, isto é, à aprendizagem.

O professor, mais especificamente o arte-educador deve desenvolver uma metodologia de ensino capaz de "humanizar" o conteúdo, transformá-lo em sujeito concreto e, portanto assimilável, que interaja com o aluno, que o afete e o motive a desenvolver uma reflexão crítica sobre o assunto, gerando conhecimento e aprendizagem.

 
Teatro na escola. Disponível em: http://www.angra.rj.gov.b/asp/noticia_cartaz.asp?vid_noticia=4136

   A metodologia de ensino do artista-educador deve ser provocativa, a ponto de gerar um questionamento que resulte na reflexão crítica do aluno.
   Para tanto, as dinâmicas devem ser inovadoras, buscando a motivação do educando com uma estratégia interdiscliplinar de reaprendizagem com foco na humanização.
    É necessário haver uma investigação sobre as estratégias de aprendizagem por parte do artista-educador  que deve apurar sua percepção sibre as interrogações dos discentes, e sistematizar sua metodologia.