Reflexões sobre as performances Intermidiáticas

Durante a aula do dia 20 de setembro, assistimos à segunda performance intermidiática do grupo Academia da Mente, e a partir da proposta e do tema do vídeo refletimos sobre uma série de proposições.

A intenção do grupo era montar uma performance que relacionasse um tema real do cotidiano com a arte-educação. Eles se utilizaram da performance para instigar a reflexão nos alunos sobre a Gravidez não planejada, e abriram uma discussão sobre o tema logo após a apresentação.

O vídeo do grupo mostra como uma expressão ou performance pode substituir milhares de textos, eles levaram para a sala de aula uma realidade para explicar outra realidade, e mostraram como o ensino através da demonstração legitima o conhecimento, e o torna mais interessante."A arte se ensina e se aprende pelos poros", a sensibilidade é o que conduz à crítica.

Todo conteúdo artístico deve trazer uma relação com o mundo, pois a função das artes é de (re)contruir a realidade, e toda expressão artística deve ser SEMPRE uma síntese daquilo que eu, professor, tenho para passar.

Surgem então diversos questionamentos propostos pela professora Fernanda Cunha, para nós professores de arte:

• "Como nós professores de arte podemos ensinar aluma coisa para alguém por meio da arte se nós professores não sabemos nos expressar por meio da arte?"
• "Qual a diferença entre arísta-professor e professor-artista?"
• "O professor pode não matar vidas, mas pode matar sonhos."

                                                                             
      

DBAE: Base Disciplinar da Arte-Educação

O DBAE, Dicipline Base Art education, é uma concepção norte-americana de ensino da arte, fruto de diversas pesquisas sobre o estudo da arte em escolas públicas norte-americanas, que pensa a arte-educação como disciplina.

  

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Surgiu da necessidade de elevar o nível de ensino da arte nas escolas dos EUA, e durante a pesquisa levou em consideração questões como aprendizagem, ensino, os conteúdos a serem ensinados, e como deveriam ser ensinados. O intúito era valorizar o processo em detrimento do produto, a aprendizagem como processo de autodescoberta que partia do interior e depois se exterioriza através da arte.

Foram desenvolvidas então quatro disciplinas básicas para o ensino da arte: Produção, Crítica, História e Cultura, e Estética ou apreciação, que tinham o objetivo de "converter o material em meio" transmissor de ideais e sentimentos, "experimentar as qualidades expressivas da forma visual", usar a imaginação como modelo de percepção de mundo, e tornar a criança crítica através de discussões a respeito da "natureza e do significado da arte na vida".

http://www.google.com.br/imgres?q=DBAE&um=1&hl=pt-BR&client=firefox-a&sa=N&rls=org.mozilla:pt-BR:official&biw=637&bih=581&tbm=isch&tbnid=dQvtZzaMvqARQM:&imgrefurl=http://danielludvigson.efoliomn.com/CurrResearch/DBAE&docid=0SP9RLiv6DJ9-M&w=200&h=200&ei=ja-ITq29KdDAgQebm935Cg&zoom=1

A teoria da proposta fundamentaliza-se nas teorias pós-modernas de educação, quando leva em consideração o contexto cultural e quando visa o pensamento crítico, porém sua aplicação tem um caráter modernista.

Ao separar o ensino-aprendizagem da arte em diferentes disciplinas o DBAE impede a correlação entre elas, como se estas fossem partes de uma sequência linear de conteúdos vivenciados separadamente, como partes indivíduais, em vez de pertencentes a um todo, formando uma aprendizagem que não gera proposições questionadoras e que não da valor ao desenvolvimento cognitivo perceptivo formando assim, uma educação passiva e fragmentada.

O resultado é a formação de indivíduos em vez de pessoas.


"A vida tem que ser vivida, mas podemos escolher como"
                                                    Fernanda Cunha